Leitor inconformado

Para trabalhar com a informação é primordial ter um bom texto. Para se produzir um bom texto é indispensável um bom português. Para ter um bom português conheça mais sobre a gramática e sobre o leitor inconformado.

"Marcelo Torres lê com prazer as Dicas de português. Diverte-se com o trato irreverente dado aos assuntos. Gosta do aperto em que as palavras se metem. E torce pelo final feliz. De quebra, relembra lições e tira dúvidas. Mas nem tudo são flores. De vez em quando, fica inconformado com certos atrevimentos. É o que ocorreu no domingo. No finalzinho da coluna "Chacina lingüística", havia a informação: "Corte o houveram do vocabulário. Ele nunca — nunca mesmo — lhe fará falta". Marcelo se arrepiou. Em protesto, mandou este recado: "Você há de convir que há casos em que o houveram é utilizado corretamente, segundo a norma culta. A terceira pessoa do plural do verbo haver, no pretérito perfeito ou mais-que-perfeito do indicativo [ufa!] é... houveram. Esse tal de houveram pode fazer falta, sim. Ou não pode?" Depende. A resposta tucana tem explicação. Quer ver?

Sem vez 1
O haver joga no time do Bombril. Tem mil e uma utilidades. Uma delas foi assunto da coluna de domingo. Na acepção de ocorrer e existir, ele só se conjuga na 3ª pessoa do singular: Houve (ocorreram) manifestações emocionadas depois da morte de João Hélio. Fato inédito: na segunda, havia (existiam) deputados saindo pelo ladrão do plenário. Viu? O haver é impessoal. O ocorrer e o existir não têm nada com a história. Flexionam-se sem caprichos. Ainda bem!

Sem vez 2
Haver também se presta à contagem de tempo. Indica passado. Senhor do ido e vivido, mantém-se impávido colosso na 3ª pessoa do singular: Mudei-me para cá há três meses. Lula governa o Brasil há quatro anos. Chegamos há poucos minutos. Havia seis horas que ele tinha saído de casa.
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No papel de relógio ou calendário, o dissílabo adora armar ciladas. Como quem não quer nada, junta-se à preposição atrás. Forma, então, baita pleonasmo. Olho vivo. Fique com um ou outro: Cheguei há duas horas. Cheguei duas horas atrás.
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A impessoalidade é contagiosa. Os auxiliares de verbo impessoal tornam-se também impessoais: Havia seis pessoas na sala. Devia haver seis pessoas na sala. Poderia haver seis pessoas na sala. .

Sem vez 3
Na formação dos tempos compostos, o haver se associa ao ter. Um ou outro podem fazer as vezes de auxiliar. Aí, ambos se conjugam em todas as pessoas. Mas o houveram, coitadinho, não aparece. Sabe por quê? Em nenhum dos nove tempos casadinhos, o pretérito perfeito ou o mais-que-perfeito têm vez: tenho (hei) amado, tínhamos (havíamos) amado, teriam (haveriam) amado, tiver (haver) amado, tenha (haja) amado, tivesse (houvesse) amado..

A hora e a vez
E o houveram? Ele não tem vez mesmo? Tem. Para chegar lá, uma condição se impõe. É desvendar outros sentidos do dissílabo. Um deles: considerar. Outro: possuir. Mais um: obter. Aí o verbo entra na vala comum. Conjuga-se em todas as formas: Os deputados houveram (consideraram) por bem comparecer à sessão. As famílias houveram (possuíam) de tudo, mas hoje nada mais possuem. Os pais houveram (obtiveram) notícia do êxito do filho nos Estados Unidos.

Carona
Você sabia? Reaver pertence à família de haver. Quer dizer tornar a haver, recuperar: A família reouve as jóias roubadas. Anna Nicole, a loura das tragédias e dos escândalos, brigou nos tribunais. Mas não reouve a herança do marido bilionário. Atenção, precipitados. Reaver confirma o dito de que filho de peixe sabe nadar. Como o pai, é cheio de manhas. Só se conjuga nas formas em que aparece o v, de haver: havemos (reavemos), haveis (reaveis), houve (reouve), houvemos (reouvemos), houveram (reouveram), haverá (reaverá), haverás (reaverás), haveremos (reaveremos), haverão (reaverão), haveria (reaveria), haveríamos (reaveríamos), haveriam (reaveriam).

Sem protesto
Marcelo, eis o resumo da ópera. A coluna reouve o houveram. Bom proveito".

Fonte: DAD SQUARISI, 14/2/7, Estado de Minas

Boa fonte, tributo ao CHEF CARLOS ALBERTO


Há mais de um mês fiz contato com o chef Carlos Alberto.
Foi para pegar informações sobre uma pauta que estava desenvolvendo na revista sobre A democratização do pão.
Não acreditava que seria tão rápido, mas, a educação e gentileza deste chef me permitiu isso. Bom no uso das palavras e sincero no esclarecimento do assunto, Carlos Alberto é uma fonte que me mostra o porquê de estar em jornalismo.

Conheça um pouco deste ilustríssimo chefe Carlos Alberto.


Desde sempre apreciador de comidas. Antes dos conhecimentos pelo simples prazer de comer. Isso foi aumentando os depósitos indesejáveis. Aliado à vida sedentária do trabalho de um administrador formado e praticante, nem mesmos os constantes deslocamentos entre cidades para exercer suas funções foram suficientes para impedir complicações na saúde...
O tempo passou e a hora da aposentadoria vinha chegando, cada vez mais próxima. Era a hora de pensar o que fazer: e porque não alguma coisa voltada à comida? Então foi hora de buscar o conhecimento técnico necessário: SENAC e SENAI foram os lugares onde tive meus primeiros conhecimentos. Depois vieram os estágios e as aulas com chefes de primeira linha. Isto me levou naturalmente aos livros e à internet, passando pela tv para buscar as respostas para as dúvidas que acumulavam em minha cabeça.
Mas, encontrei na prática destas técnicas muitas das respostas que procurava. Percebia que não bastava copiar receitas e executá-las, pois, muitas das vezes, elas não permitem os resultados mostrados nas fotos. Foram anos de buscas e práticas usando apenas os equipamentos caseiros. Hoje posso deixar de comprar os pães que consumo. Desenvolvi algumas combinações interessantes de ingredientes. Mexi em formas, em texturas, em tempos de fermentação e em produzir meu próprio fermento. É um resultado artesanal. É um produto final limitado aso recursos disponíveis mas, no dizer de todos os que já tiveram a oportunidade de saboreá-los, muito bons.
Agora, quem sabe, um pequeno espaço onde possa colocar equipamentos para aperfeiçoá-los e, se possível, ter um forno à lenha para os resultados que os fornos industrializados não nos permitem alcançar
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Um forte abraço,

Carlos Alberto de Lima [21] 8699 0798 - Rio de Janeiro - Brasil site: http://www.cdelima.com.br blogs http://bacalhaucombatata.blogspot.com- twitter: http://twitter.com/bacalhau_batata
créditos da foto: Carlos Alberto

Oportunidade de estágio

O Sindicato dos Servidores da Justiça de 2ª Instância de Minas Gerais (SINJUS-MG) realiza processo de seleção para um estagiário de Jornalismo.Requisitos: estar devidamente matriculado no Curso de Jornalismo a partir do 6º período; ter bom texto, ser bem informado; mostrar interesse e comprometimento com trabalho. Conhecimento e interesse em movimentos sociais será um diferencial importante.Atividades a executar: redação de textos para informativo eletrônico diário, site e jornal quinzenal; fotografia; cobertura de eventos internos/externos; entrevistas.Horário do estágio: 25 horas semanais.Benefícios: Bolsa de R$ 492,00, vale-transporte e alimentação.Obs: A responsável pela seleção dos candidatos somente receberá os currículos encaminhados via e-mail.

Currículos
para: Dinorá - http://dinora@sinjus.org.br

Divulgação

Primeira cobertura e fatos para serem guardados

Confira um pouco sobre o que aconteceu na minha primeira cobertura de um evento de gastronomia.



Pessoal, estou correndo e não estou parando em casa. Mas consegui esse tempinho para relatar como foi a cobertura do Festival de Comida Tailandesa.
Ocorrido na quinta passada, o evento começou às 19hs no salão ao lado do que eu e minha ex-chefa estávamos. Isso mesmo, entramos no salão errado. O mais engraçado é que na porta falamos com o segurança que nosso nome estava na lista de convidados para o festival de comida tailandesa e ele meio sem entender disse que nada havia sido passado, mas que poderíamos entrar [ele deve ter ficado com medo de um escândalo] e comer. Entramos nesse salão, que não era do festival de comida tailandesa, e nos sentamos em uma mesa que tinha mais quatro cadeiras. Fomos tirar fotos dos pratos doces e salgados buscando algo diferente do nosso bom e velho arroz, da saborosa lasanha e do comum bife de boi. Mas não vimos nada diferente. A mesa de doces então, não era nada do que falava no cardápio que recebemos por e-mail. Foi então que depois de comermos duas vezes, a Mariana teve a idéia de sair e ver se tinha outro salão no andar.
Detalhe que a decoração vinha desde a porta do hotel e dava para a entrada que estava mais escondida, por isso não percebemos.
Mariana então, volta rindo até. Descobrimos que estávamos no salão errado. Bem que vimos um monte de americano e pessoas influentes que estavam na Conferência Mundial Brasil 2020. Arrisco a dizer que fizemos, sem querer, algo que muitos jornalistas gostariam de ter feito, que era estar no mesmo local que eles para fazer uma matéria.
Paramos de rir um pouco e pensamos como sairíamos de lá. Pegamos nossas bolsas, passamos pelo segurança e nos dirigimos para o outro salão na maior naturalidade. Foi até bem fácil.
Chegamos no outro salão e fomos muito bem recebidos, nossos nomes estavam na lista e recebemos um lugar exclusivo.
No evento entrevistei o gerente do hotel e organizador do evento, o cônsul da Tailandia e o dono do restaurante tailandês em São Paulo que é madrileno. Os três eram os responsáveis pelo evento juntamente com o governo tailandês que teve o objetivo de divulgar sua cultura em nossa cidade com o festival que durou cinco dias.
Foram momentos de aprendizado total, uma vez que a entrevista aconteceu de maneira tranquila e tive a cooperação de todos para estabelecer o diálogo. Paguei alguns micos sim, mas essa parte só eu e a Mariana guardaremos em nossa memória.rs.

Créditos das fotos: Stephanie Zanandrais

O populista Vargas e as fraudes

A conturbada época em que Vargas assume o poder,e, pouco depois, instaura sua ditadura. O texto à seguir, é parte de um resumo do livro "Vargas, Poder e Informação" de Lorena Carazza, o trabalho foi para a disciplina "História do Jornalismo".

O texto conta a história sobre a chegada de Getúlio Vargas ao poder, em 1930, seu polêmico Estado Novo e todo o percurso político até 1954, quando morre. No primeiro mandato, se mantém até 1945. Seu segundo mandato vai de 1951 a 1954.
Vargas constituiu um conjunto de políticas econômicas e sociais, que foram responsáveis pela mudança de estruturação urbana e rural do país, sobretudo nos aspectos de industrialização, urbanização e organização da sociedade.
O Brasil passou de uma característica agrário-exportadora para urbano-industrial. Quando Vargas chegou ao poder, o país tinha somente 25% dos 30 milhões de habitantes morando em área urbana, no final do século XX, porém, somente 20% moravam na zona rural.
Em 1929, iniciaram-se as movimentações para a sucessão do presidente Washingtom Luis, que havia começado em 1926, pelo pacto da oligarquia da República Café com Leite. O presidente indicado, pela política de mineiros e paulistas, para substituí-lo, era o mineiro Cristiano Machado. Ao contrário do previsto, Washingtom Luis rompeu com o acordo e indicou Júlio Prestes, outro paulista que continuaria com sua linha de governo. Diante disso, três estados tomaram frente da oposição à indicação: Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraíba.
Getúlio Vargas era governador do Rio Grande do Sul e foi chamado para representar a aliança então formada. A Aliança Liberal, movimento que reuniu todos os opositores e deu apoio à candidatura de Vargas, conseguiu, também, apoio de dissidentes de São Paulo.
No dia 1º de março de 1930, as eleições presidenciais foram realizadas e Vargas fora derrotado numa competição fraudulenta em ambas as partes. Em 26 de julho, o governador da Paraíba e candidato à vice-presidência de Vargas, João Pessoa, é assassinado em Recife. A aliança então acusa o governo Federal do ato, e inicia-se o movimento revolucionário, chamado “A Revolução de 30”, com o apoio dos insatisfeitos com o regime da República Velha.
No dia 3 de outubro, sob a chefia de Vargas e do tenente coronel Góes Monteiro, um grupo de militares deu um ultimato ao presidente Washingtom Luis exigindo que ele renunciasse. Ele ignorou e por isso, no dia 24 de outubro os militares invadiram o Palácio Guanabara e tomaram o poder. A junta militar entrega o poder à Vargas que teria de lidar com grupos opositores entre si, mas, unidos pelo governo que começaria.
A primeira tarefa empreendida por ele, foi declarar inválida a Constituição de 1891. Fechou o Congresso Nacional, as assembléias estaduais e municipais e depôs os governadores de todos os estados, exceto de Minas. Criou dois novos ministérios, o da Educação e Saúde Pública e o do Trabalho, Indústria e Comercio para abrandar os conflitos entre os grupos de trabalhadores e patrões e acabar com o sentimento anarquista e socialista da classe operária, que desde o século XX formava no Brasil o anarco-sindicalismo. Ao mesmo tempo em que reconhecia os sindicatos como legais, impunha limitações à sua autonomia, e estes eram chamados "pelegos".
A partir de 1937, o país entrou num cenário de centralização do poder que durou até 1945. No dia 10 de novembro, Vargas, através de um golpe de Estado, instaurou a ditadura do Estado Novo.
A influência social de dois movimentos radicais: a Ação Integralista Brasileira (AIB) movimento de extrema direita, apoiadora de Vargas e seus planos ditatoriais. E a Aliança Nacional Libertadora (ANL), movimento esquerdista que defendia a revolução socialista e que pretendia lutar contra o imperialismo e o fascismo serviram como motivo para Vargas instaurar a ditadura. Pouco antes, com a promulgação da Lei de Segurança Nacional, todas as manifestações contra a política e o social do país seriam severamente punidas, e em julho de 1935, depois dos integrantes da ANL lerem um manifesto que propunha a derrubada do governo, Vargas que lutava contra o comunismo, ordenou, com base na Lei de Segurança, o fechamento da ANL. Isso levou a Intentona Comunista, em novembro de 1935, sob a liderança do PCB e da ANL. Pretendiam protestar contra o governo autoritário e propor a instalação de um governo popular. Depois do levante a Constituição de 1934 deixou de vigorar, foi decretado estado de sítio, até que, em 1937, outra constituição foi feita.
Outro fato, foi a descoberta do Plano Cohen. Tratava-se de um documento divulgado pelo governo, que mostrava um suposto plano de tomada do poder pelos comunistas. Anos mais tarde o documento foi dado como falso.
Vargas, então, anuncia no dia 10 de novembro de 1937, através de uma emissora de rádio, que o país tinha uma nova Constituição e que o Congresso fora novamente fechado. Tornou-se então, o chefe absoluto do Estado.

Saúde em informação

Confira uma entrevista que fiz com a nutricionista Cristiane de Fátima da Silva sobre a importância de certas combinações alimentares especialmente o arroz e o feijão.

Qual a importância das combinações alimentares e o que você pensa delas?

A alimentação é um componente fundamental para ter uma boa qualidade de vida. Todos precisamos nos alimentar e isso deve ser feito de uma maneira balanceada e diversificada. A possibilidade de obter os nutrientes de que o organismo necessita depende da quantidade e da diversidade dos alimentos ingeridos. As combinações alimentares são muito importantes para se obter todos os nutrientes essenciais para o perfeito desenvolvimento e manutenção da saúde. A melhor forma de se obter os nutrientes em quantidades adequadas é seguir os princípios da pirâmide alimentar a qual é constituída por 4 grupos divididos em:

Energéticos (também chamados de carboidratos complexos): é responsável pela energia e força para realização das atividades do dia-a-dia como estudar, trabalhar, andar, etc. Fontes: arroz, batata, macarrão, pão, biscoito salgado, farinhas, mandioca.
Reguladores: são eles que ajudam o corpo a funcionar como um relógio, ou seja, “regulam” ou controlam tudo o que acontece no organismo (reações). Fazem parte deste grupo: frutas, verduras, legumes. São fontes de vitaminas, sais minerais e fibras.
Construtores: compreende o grupo das proteínas. Os quais são importantes para o crescimento, construção dos ossos e músculos. Fontes: carnes, ovos, leite, feijão, ervilha, etc.
Energéticos extras: compreende a gordura e os açúcares. Só fornecem calorias vazias, ou seja, não tem nenhum outro nutriente. São eles que fazem ficar gordinhos e pouco saudável. Fontes: refrigerante, doces, chocolate, margarina, manteiga, óleo, sorvete, etc.

O consumo na quantidade adequada de cada grupo vai propiciar a aquisição da quantidade de nutrientes necessários por dia, atendendo as recomendações da RDA (Ingestão dietética recomendada). Uma das principais combinações existentes em nosso país que apresenta perfeito equilíbrio e que colabora para obtenção da ingestão adequada de proteínas é o ARROZ COM FEIJÃO.

Qual o valor nutricional da dupla arroz e feijão?

O arroz possui vários benefícios, pois é rico em vitaminas do complexo B, proteínas e ferro; é um alimento rico em amido, fornecendo energia e contribuindo para a absorção de proteína. O feijão, por sua vez, contém mais proteína do que qualquer outro alimento de fonte vegetal, sendo fonte de vitaminas do complexo B, ferro, potássio, zinco e outros minerais essenciais.
Em decorrência das características demonstradas, a combinação do feijão com arroz é perfeita, pois ambos fornecem os aminoácidos (são pedacinhos de proteína) que auxiliam nosso corpo a formar suas próprias proteínas (músculos, pele, cabelos, unhas, ossos, cicatrização). E tudo isso porque os aminoácidos deficientes no feijão são justamente os que estão presentes no arroz. O arroz é pobre em aminoácido lisina, presente no feijão. Este por sua vez, não apresenta o aminoácido essencial metionina, abundante no arroz, daí a importância nutricional na formação protéica desta combinação tipicamente brasileira: 'arroz com feijão'. A proporção ideal entre arroz e feijão é de 3 porções de arroz para 1 porção de feijão.

Mito ou verdade? Ingerir líquido durante as refeições faz mal? por que?
Queria muito falar sobre a afirmação de que "beber líquido durante as refeições engorda e aumenta a barriga". É verdade?


È comum ouvir dizer que não se deve beber água, suco, refrigerante ou outro líquido qualquer durante as refeições porque faz mal, engorda, aumenta a barriga, mas será que é verdade? Não pode mesmo? Qual a explicação para isso?

Ainda não existe consenso entre os especialistas sobre este tema, o recomendado é ingerir no máximo um copo de 200 ml. Há aqueles que condenam terminantemente a associação de bebida com comida, enquanto outros optam pelo equilíbrio.
O maior prejuízo de se ingerir muito líquido durante as refeições está em relação a digestão. Depois da mastigação, o alimento passa pela faringe e esôfago, e vai para o estômago, onde está presente o suco gástrico, essencial para o processo de digestão.
Uma quantidade de liquido com ou sem gás, superior a 200 ml durante as refeições pode atrapalhar a digestão, pois as enzimas e o suco gástrico são diluídos, comprometendo o processo digestivo e pode ocasionar indigestão, gases e flatulências, além de sono e peso no estômago. Isto porque "Com dificuldade de digerir os alimentos, o organismo foca o seu fluxo sangüíneo em maior quantidade para a região comprometida, gerando a diminuição do oxigênio cerebral por diminuição da irrigação e provocando sonolência".

O excesso de líquido também poderá diminuir a absorção de alguns nutrientes, pois os alimentos passam mais rapidamente pelo intestino, local onde ocorre a absorção.

Afirmar que ingerir líquidos durante as refeições engorda ou aumenta a barriga é um mito. O que acontece é que o excesso de líquido misturado aos alimentos pode dilatar (distender) o estômago, provocando uma sensação de "inchaço abdominal", o que muitas vezes é confundido com o aumento da barriga. Quando o estômago está dilatado, manda uma mensagem ao cérebro avisando que ainda existem espaços vazios para serem preenchidos, então você não se sente saciado e consome mais alimentos do que normalmente seria necessário.

Esse aumento na quantidade de alimentos consumidos é que ocasionará o ganho de peso e, consequentemente, poderá contribuir para o aumento da gordura abdominal.

Porém, há outros estudos que mostram o contrário: tendo parte do espaço do estômago ocupado pelo líquido, a pessoa comeria menos e em pouco tempo voltaria a ter fome. "O estômago enche, mas ficam faltando os “carboidratos”, as proteínas e os lipídeos, que saciam a fome e nutrem o organismo".

Enquanto não se chega a um acordo sobre o tema, o melhor é evitar ingerir grandes quantidades de líquido durante o almoço, o jantar ou os lanches. "O mais adequado é se hidratar durante todo o dia, bebendo muita água e sucos naturais, preferencialmente sem açúcar".
A entrevista serviu de base para a produção de uma matéria sobre "Combinações Alimentares" para a Revista Gourmet Virtual.

Em jornalismo, o CINEMA

À seguir, leia um pouco sobre o filme "Love Story" da década de 1970, breve resumo do trabalho final para a conclusão da matéria "Fundamentos de Cinema".

Título, Cartaz, material promocional

O filme Love Story -
Uma História de Amor 1970, apresenta um título que entrega à pessoa o principal do filme, o romance. Tradução literal, o título em português vem escrito na capa de um livro desenhado no cartaz. As letras são coloridas, verde e vermelho, e foram escritas em caixa alta.
A idéia do cartaz foi criativa, uma vez que utiliza de uma ilustração no título que já dá pistas à pessoa sobre o que será o filme, além de reafirmar o título. A foto do casal também afirma o título, pois, está escurecida e em preto e branco. Localizada no canto esquerdo do cartaz, a foto do casal está em plano americano, da cintura para cima. As cores do filme não comprovam a afirmação de Y. Baticle na qual diz que o drama teria o rosa e o púrpura como cores predominantes.
No canto da direita, a tag-line: “love means never loving to say you´re sorry – amar significa nunca ter que pedir desculpas”, acrescenta ao cartaz o que está por vir no filme. A tag-line é uma frase dita por Jenny quando seu marido Oliver a magoa, e mais ao final do filme ele repete para seu pai que na o se relacionava bem com o filho e a nora. Todo o conteúdo: foto, título, desenho, e cor, conferem ao cartaz a alma do filme, uma história de amor triste na qual o final será mais emocionante ainda.
Além das premiações e curiosidades. Premiações: Oscar de Melhor Trilha Sonora, além de ter sido indicado em outras 6 categorias: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator (Ryan O'Neal), Melhor Atriz (Ali MacGraw), Melhor Ator Coadjuvante (John Marley) e Melhor Roteiro Original. Ganhou 5 Globos de Ouro, nas seguintes categorias: Melhor Filme - Drama, Melhor Diretor, Melhor Atriz - Drama (Ali MacGraw), Melhor Roteiro e Melhor Trilha Sonora.
Foi ainda indicado nas categorias de Melhor Ator - Drama (Ryan O'Neal) e Melhor Ator Coadjuvante (JohnMarley).
Curiosidades: O autor Erich Segal baseou o personagem Oliver no ator Tommy Lee Jones e no político Al Gore. O ator Tommy Lee Jones aparece nos créditos como Tom Lee Jones. Seguido por A História de Oliver (1978).

Categorias e gêneros

O filme Love Story - Uma História de Amor 1970, é um Romance, Super Clássico. Na categoria ficção o filme entra no subgênero Drama sentimental ao contar a história de Oliver Barrett IV (Ryan O'Neal), um estudante de Direito de Harvard, que conhece Jenny Cavilleri (Ali MacGraw), uma estudante de música de Radcliffe. Na história os dois se envolvem e em seguida decidem se casar. No entanto, Oliver Barrett III (Ray Milland), o pai do jovem, que é um multimilionário, não aceita a união e deserda o filho. Tempos depois, já casados, Jenny não consegue engravidar e, ao fazer alguns exames descobre que ela está muito doente.
O filme respeita a linha designada de romance dramático. As falas e as cenas são típicas de uma história de amor, e em todas as cenas há um tom de que algo ruim está para acontecer. Digo mais, para um romance da década de 1970, Love Story, 1970, lançou uma fala que virou jargão na época: “Amar significa nunca pedir desculpas”. Segundo Luísa de Fátima, 46 anos, essa frase era mania nacional. Ela diz que vários adesivos e cadernos escolares tinham essa frase estampada na capa. O filme também mostra traços da contra cultura, movimento de liberdade e expressão da época. A revolta de Oliver Barrett IV contra seu pai Oliver Barrett III, foi enfatizada no filme. Barrett era de uma família multimilionária, e por isso, deveria se casar com alguém do mesmo nível, segundo a tradição. No filme então, duas visões se confrontam: o tradicionalismo – carregado de preconceito e regras - contra a liberdade – para o amor e direito de escolha.
As técnicas utilizadas no filme Love Story,1970, foram a meu parecer avançadas. Vários recursos de filmagem, ângulos como o plongée e o contra plongée, a panorâmica e o travelling, foram usados nas cenas. O recurso de flashback foi o principal da história. Assim como no filme que ano depois, em 2001, utilizou as mesmas técnicas e roteiro, I Walk to Remember – Um Amor pra Recordar.
Na primeira cena a câmera abre com foco na faculdade de Harward, acompanhada de uma música triste. Em seguida mostra Oliver Barrett IV sentado lembrando-se da amada, e então começa toda a história. Outro ponto interessante do filme é a linguagem. Ambos os personagens usam gírias e palavrões. O vocabulário é coloquial com atitudes e expressões dos jovens da época.
Os efeitos das revoluções que aconteciam no âmbito sócio-político da época também foram bem aparentes nas cenas. O movimento Hippie que pregava uma nova idéia de crença, voltada pro antropocentrismo, foi relatado na cena em que Oliver e Jenny falam para o padrasto de Jenny, Phil, que eles não se casariam em uma igreja católica porque não acreditavam em Deus.
As cenas também passaram adequadamente a personalidade de cada personagem. Oliver era um “filhinho de papai” como a própria Jenny falava. Mas também era muito agressivo, pois não tivera amor de seu pai. Jenny por sua vez, era uma musicista inteligente e reservada. Fechada e de condição bem inferior a de Oliver, ela era considerada pelos rapazes uma garota “osso duro de roer”.

Vamos parar por aqui... ainda tem mais cinco laudas! Mais pra frente coloco sobre a decupagem, ok?